A regulamentação do uso de armas de fogo por parte da Guarda Municipal do Rio de Janeiro foi aprovada de forma definitiva pela Câmara Municipal e representa uma das mudanças mais significativas no sistema de segurança urbana da capital fluminense nos últimos anos. A partir de agora, a Guarda Municipal do Rio armada passa a desempenhar papel mais ativo no policiamento ostensivo e na proteção dos bens públicos municipais. A medida teve 34 votos favoráveis e 14 contrários, revelando uma divisão entre os vereadores, mas também o reconhecimento da necessidade de modernizar e fortalecer o efetivo da cidade.
A nova legislação cria a Divisão de Elite da Guarda Municipal do Rio armada, um grupamento que contará com agentes selecionados mediante processo seletivo interno. Esses servidores receberão gratificação adicional pelo porte de arma de fogo e atuarão prioritariamente em ações preventivas e comunitárias. Além disso, o texto aprovado manteve o nome original da corporação, excluindo sugestões que propunham rebatizá-la como Força de Segurança Municipal. A Guarda Municipal do Rio armada passa a ter uma estrutura funcional mais robusta e especializada para enfrentar os desafios da criminalidade urbana.
Uma inovação importante do projeto aprovado é a autorização para que agentes da Guarda Municipal do Rio armada portem suas armas em tempo integral, mesmo fora do horário de serviço. O armamento deverá ser acautelado apenas caso o agente opte por isso, sendo então armazenado em local determinado pela chefia da Divisão de Elite. A medida tem como objetivo garantir que o efetivo esteja preparado para agir a qualquer momento, aumentando a sensação de segurança na cidade e otimizando a presença policial nas ruas.
Outro destaque da regulamentação da Guarda Municipal do Rio armada é a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos agentes do novo grupamento. As câmeras serão instaladas progressivamente nos uniformes e viaturas, seguindo padrões internacionais de transparência e controle das ações policiais. A proposta visa proteger tanto os cidadãos quanto os próprios guardas durante suas atividades cotidianas. Essa medida visa consolidar uma atuação ética e responsável por parte da Guarda Municipal do Rio armada, reforçando a confiança da população.
O projeto também recebeu emendas que estabelecem a criação de corregedorias e ouvidorias independentes, tanto para a corporação quanto para sua divisão especializada. Essas instâncias serão responsáveis por apurar infrações, conduzir investigações sociais e fiscalizar a conduta dos integrantes da Guarda Municipal do Rio armada. Essa estrutura institucional reforça a governança e a responsabilização dos agentes, garantindo que abusos sejam evitados e devidamente punidos.
Uma das emendas mais debatidas e aprovadas permite a participação de ex-militares de baixa patente no processo seletivo para a Divisão de Elite da Guarda Municipal do Rio armada. Até então, apenas oficiais estavam autorizados a ingressar. A mudança abre oportunidade para sargentos, cabos, soldados, marinheiros e taifeiros temporários das Forças Armadas, aproveitando sua experiência com armamento e tática. Essa inclusão fortalece o contingente da Guarda Municipal do Rio armada com profissionais já treinados e familiarizados com operações de segurança.
A regulamentação prevê ainda um impacto orçamentário expressivo, com estimativas que ultrapassam os R$ 700 milhões entre 2025 e 2027. Esses recursos serão aplicados na reestruturação da corporação e na formação da Guarda Municipal do Rio armada. O investimento contempla desde a gratificação dos agentes até a aquisição de equipamentos e treinamentos especializados. A meta da prefeitura é consolidar uma força de apoio complementar às demais instituições de segurança pública, fortalecendo a presença estatal nas comunidades e regiões de maior vulnerabilidade.
Com a Guarda Municipal do Rio armada, a cidade inaugura um novo capítulo em sua política de segurança. A medida promete reduzir os índices de criminalidade, aumentar a eficácia do policiamento de proximidade e ampliar o leque de ações preventivas. Embora tenha sido alvo de críticas quanto à contratação temporária de agentes, o novo modelo aponta para uma Guarda mais atuante, equipada e preparada para colaborar de forma direta com o combate à violência no cotidiano dos cariocas.
Autor: Scarlet Petrovic