Como considera o especialista Alex Nabuco dos Santos, a descarbonização na construção civil é mais do que uma tendência; é uma urgência inadiável para o futuro sustentável do planeta. A indústria da construção, historicamente uma grande emissora de carbono, encontra-se em um momento crucial: o desafio de zerar ou reduzir drasticamente suas emissões sem que isso se traduza em um aumento proibitivo dos custos para o consumidor final ou para as incorporadoras.
Se a sua empresa busca alinhar-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e garantir sua competitividade em um mercado cada vez mais exigente, é fundamental entender a complexidade deste cenário e quais estratégias são viáveis.
Continue a leitura e descubra como a inovação e a gestão eficiente de recursos podem ser a chave para construir um futuro verde e economicamente sustentável.
O impacto da construção civil nas emissões globais de carbono
O setor de construção e edificações é responsável por uma parcela significativa das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). Esse impacto se manifesta em duas frentes principais: o carbono incorporado (emissões geradas pela produção, transporte e instalação de materiais como cimento e aço) e o carbono operacional (emissões provenientes do consumo de energia durante o uso do edifício, como aquecimento, refrigeração e iluminação). Reduzir as emissões de maneira eficaz exige uma abordagem holística, que ataque ambos os pontos de maneira equilibrada. A meta é ambiciosa: atingir o Net-Zero, ou seja, a neutralidade de carbono, até 2050, conforme as diretrizes internacionais.
O grande obstáculo não está apenas em encontrar alternativas sustentáveis, mas em como escalá-las e torná-las competitivas em preço com as soluções convencionais. A verdadeira revolução virá quando o custo do verde se igualar, ou superar, o custo do tradicional.
Custos e viabilidade econômica da construção sustentável
A percepção de que a descarbonização na construção civil eleva inevitavelmente os custos são o maior entrave para a sua ampla adoção. Embora o investimento inicial em materiais de baixa emissão e tecnologias eficientes possa ser marginalmente maior, a análise do custo total de propriedade demonstra uma rentabilidade superior no longo prazo.

Conforme explica o especialista Alex Nabuco dos Santos, edifícios eficientes energeticamente possuem contas de luz e manutenção significativamente menores. Essa economia operacional compensa rapidamente o investimento extra inicial, oferecendo um payback em poucos anos. Além disso, a valorização do imóvel (o chamado green value) e a maior atratividade para inquilinos e compradores conscientes do meio ambiente representam um ganho de capital inegável.
O papel da digitalização e das políticas públicas
Para que a redução de emissões sem elevar custos se concretize, a indústria precisa do suporte da digitalização e de políticas governamentais incentivadoras.
A adoção do BIM permite simular e otimizar o desempenho energético e de carbono do edifício desde as fases iniciais do projeto. A Análise de Ciclo de Vida (ACV) é crucial, pois quantifica o impacto ambiental de um produto ou processo do berço ao túmulo, permitindo que os projetistas escolham os materiais mais limpos de forma objetiva.
Como aponta o empresário Alex Nabuco dos Santos, a precisão da ACV, integrada ao BIM, transforma a sustentabilidade de uma intenção em uma métrica mensurável, facilitando a tomada de decisão que equilibra desempenho ambiental e custo.
Descarbonização e a competitividade no mercado
A sustentabilidade deixou de ser um nicho para se tornar um requisito de mercado. Empresas que não priorizarem a descarbonização na construção civil podem perder competitividade, serem alvo de críticas e enfrentar dificuldades no acesso a financiamentos, que estão cada vez mais atrelados a critérios ESG (Environmental, Social and Governance).
Conforme expõe o empresário Alex Nabuco dos Santos, a resiliência e a longevidade de um empreendimento hoje dependem diretamente da sua pegada de carbono. Um projeto com baixo carbono é, inerentemente, um projeto de menor risco no futuro.
Descarbonização na construção civil: Um caminho de sustentabilidade!
A descarbonização na construção civil representa um desafio complexo, mas plenamente superável. A chave é a transição de um modelo linear e extrativista para um modelo circular, baseado na eficiência, na inovação de materiais e na gestão integrada do ciclo de vida da edificação. A premissa de que reduzir emissões sem elevar custos é possível se sustenta na visão de longo prazo: o custo inicial é diluído pela economia operacional e pela valorização do ativo.
O futuro da construção é verde, e as empresas que investirem em sustentabilidade e eficiência hoje, estarão à frente amanhã. Como frisa o especialista Alex Nabuco dos Santos, a importância de que a indústria da construção abrace essa transformação não apenas como uma obrigação ética, mas como uma estratégia de negócios inteligente e essencial para a prosperidade.
Autor: Scarlet Petrovic