A instabilidade climática tem exigido cada vez mais preparo, estratégia e adaptação por parte dos produtores, e Aldo Vendramin, empresário e fundador, reforça que antecipar riscos será determinante para garantir bons resultados na safra 2025/26. Logo no início dessa análise, o empresário destaca que entender o comportamento do clima, interpretar dados e adotar tecnologias de monitoramento são passos essenciais para proteger o potencial produtivo e evitar perdas.
Neste artigo apresentamos algumas dicas de estratégia para se organizar e antecipar os riscos para sua produção. Venha conferir!
A nova realidade climática e seus impactos diretos
Eventos climáticos extremos se tornaram cada vez mais frequentes no Brasil e no mundo. Chuvas irregulares, estiagens prolongadas, ondas de calor e variações repentinas de temperatura desafiam o manejo agrícola e reduzem a previsibilidade das operações. Segundo o senhor Aldo Vendramin, essa nova realidade demanda um olhar mais técnico e estratégico, capaz de transformar incertezas em decisões inteligentes.
O impacto direto do clima na produtividade é evidente. Atraso no plantio, excesso de umidade, temperaturas acima da média e falta de chuva durante a fase reprodutiva afetam germinação, desenvolvimento radicular, formação de vagens e enchimento de grãos. Para 2025/26, o produtor que melhor compreender o comportamento climático terá mais chances de superar adversidades.

Tecnologias que ajudam a antecipar riscos
A evolução das ferramentas digitais mudou a forma como o produtor analisa o clima. Plataformas meteorológicas, sensores instalados no campo, modelos climáticos estendidos e imagens de satélite permitem acompanhar a previsão do tempo com maior precisão. Essas tecnologias ajudam a antecipar eventos extremos e orientar decisões estratégicas.
Além das previsões de curto prazo, modelos climáticos sazonais permitem planejar com semanas ou meses de antecedência. O produtor consegue ajustar a janela de plantio, revisar o calendário de aplicações, reforçar o manejo nutricional e estimar períodos de maior pressão de pragas e doenças. Aldo Vendramin explica que a integração entre dados climáticos e softwares de gestão aumenta a eficiência e protege o potencial produtivo da lavoura.
Drones e sensores também auxiliam na identificação precoce de estresses hídricos, falhas de plantio e áreas com menor vigor vegetativo. Essas informações permitem ações rápidas e precisas, evitando que pequenos problemas se tornem grandes prejuízos.
A importância de um solo saudável diante das mudanças climáticas
O solo é um dos componentes mais importantes na mitigação dos efeitos do clima. Um solo equilibrado, rico em matéria orgânica e com boa infiltração de água oferece maior resiliência em anos de irregularidade hídrica. Práticas como rotação de culturas, adubação verde, uso de bioinsumos e manejo conservacionista fortalecem a estrutura do solo e reduzem o impacto de estiagens curtas.
Além disso, solos vivos suportam melhor oscilações de temperatura e reduzem o estresse hídrico das plantas. Aldo Vendramin menciona que investir na saúde do solo é uma das estratégias mais eficazes para proteger a lavoura contra variações climáticas.
Estratégias para minimizar perdas e ampliar eficiência
A antecipação de riscos climáticos envolve uma série de decisões práticas que aumentam a segurança da produção. Entre as estratégias mais importantes, Aldo Vendramin destaca:
- Definir a janela de plantio ideal: Plantar cedo demais ou tarde demais aumenta o risco de a lavoura enfrentar estiagens ou excesso de chuva em fases críticas.
- Escolher cultivares adaptadas ao clima da região: Variedades mais resistentes ao estresse hídrico e ao calor ampliam a segurança produtiva.
- Implementar manejo integrado de pragas: Eventos climáticos extremos favorecem surtos de pragas; monitoramento constante é indispensável.
- Utilizar sistemas de irrigação inteligente: Onde for possível, a irrigação reduz significativamente as perdas.
- Integrar dados climáticos ao planejamento anual: Informações precisas permitem ajustar operações com maior segurança.
Essas estratégias precisam ser adotadas de forma integrada, sempre considerando o comportamento da região, histórico climático e características da propriedade.
Sustentabilidade como ferramenta de proteção climática
As práticas sustentáveis desempenham papel central na adaptação às mudanças climáticas. Adubação orgânica, plantio direto, conservação de água e sistemas integrados (como ILPF) reduzem o impacto dos eventos extremos. Conforme elucida o senhor Aldo Vendramin, essas práticas aumentam a estabilidade da produção e contribuem para a construção de propriedades mais resilientes.
A adoção de bioinsumos, por exemplo, fortalece a microbiologia do solo, melhora a estrutura física e amplia a tolerância das plantas a situações de estresse. Além disso, práticas regenerativas ajudam a capturar carbono e valorizam a propriedade diante das exigências ambientais globais.
Um novo olhar para o futuro da produção agrícola
A safra 2025/26 exigirá preparo técnico, uso estratégico da tecnologia e decisões baseadas em dados. Como considera Aldo Vendramin, a agricultura do futuro será orientada por modelos climáticos, práticas sustentáveis e manejo de precisão, fatores que reduzem riscos e aumentam a eficiência.
Apesar dos desafios, produtores que se adaptarem rapidamente estarão em vantagem competitiva. Investir em conhecimento, ferramentas climáticas e manejo conservacionista é o caminho para uma agricultura mais segura, rentável e preparada para enfrentar as mudanças do clima.
Autor: Scarlet Petrovic

