Edinei Jara de Oliveira elucida que o comércio vive um momento de transformação acelerada, em que entender as tendências globais que estão mudando o comportamento do consumidor deixou de ser um diferencial e passou a ser uma questão de sobrevivência. O cliente atual está mais informado, mais exigente e com muito mais opções ao alcance de poucos cliques, o que pressiona as empresas a revisarem estratégias de preço, atendimento e posicionamento.
Neste artigo, venha compreender como as tendências globais ainda ditam muito do mercado e como se preparar para esse momento. Saiba mais a seguir.
O que são tendências globais de consumo hoje
Quando se fala em tendências globais, não se trata apenas de “modas” passageiras, mas de mudanças estruturais na forma como as pessoas escolhem, comparam e compram produtos e serviços. Segundo a leitura de mercado de Edinei Jara de Oliveira, essas tendências surgem da combinação de fatores econômicos, tecnológicos, culturais e sociais, que acabam se refletindo no dia a dia das empresas, do pequeno varejo às grandes redes.

Uma das principais características do consumidor atual é a hiperconexão. Com acesso à internet constante, ele pesquisa avaliações, compara preços em tempo real e confronta promessas de marca com a experiência efetivamente entregue. Isso torna o relacionamento mais transparente e, ao mesmo tempo, mais exigente. O cliente não aceita mais experiências ruins de forma passiva, ele tem voz, canais de reclamação e alternativas imediatas.
Outro ponto relevante é a globalização da referência, isso porque, mesmo em mercados locais, o consumidor acompanha tendências internacionais de produtos, design, atendimento e logística. Isso significa que o padrão de comparação não é mais apenas o concorrente da mesma rua ou bairro, mas qualquer empresa, em qualquer lugar, que ofereça uma experiência superior, especialmente no ambiente digital.
Digitalização e novos canais de compra
A digitalização é uma das forças mais evidentes na mudança do comportamento do consumidor. Com o avanço do comércio eletrônico, marketplaces, aplicativos de delivery e redes sociais de vendas, o ato de comprar já não está restrito ao espaço físico da loja. O consumidor espera poder comprar onde quiser, quando quiser, no canal que lhe for mais conveniente naquele momento.
Edinei Jara de Oliveira apresenta que essa transformação não significa que o ponto físico perdeu relevância, mas que ele passou a fazer parte de uma jornada mais ampla, em que online e offline se complementam. Muitos clientes pesquisam na internet e finalizam a compra na loja, ou visitam o estabelecimento físico para conhecer o produto e, depois, concluem a compra pelo site. Essa dinâmica obriga as empresas a pensarem em estratégias integradas, com coerência de preços, comunicação e atendimento em todos os canais.
Junto a esses fatores, as redes sociais ganharam um papel central na descoberta de produtos e marcas. O consumidor se inspira em conteúdos, influenciadores, avaliações e recomendações de outros usuários, o que reduz o poder de decisão exclusiva da propaganda tradicional. Nesse cenário, empresas que não estão presentes digitalmente perdem espaço, enquanto aquelas que conseguem dialogar com o público de forma constante e relevante saem na frente.
Consumo consciente, ESG e nova percepção de valor
Outra tendência global que impacta diretamente o comportamento do consumidor é o crescimento do consumo consciente e das pautas relacionadas a ESG (ambiental, social e governança). Cada vez mais, parte dos clientes quer saber de onde vem o produto, como ele é fabricado, quais práticas a empresa adota em relação ao meio ambiente, às pessoas e à ética na gestão.
Tal como explica Edinei Jara de Oliveira, isso não é apenas um movimento de nichos específicos, mas uma demanda crescente em diferentes faixas etárias e perfis de renda. O consumidor começa a associar valor não só ao preço ou à qualidade objetiva, mas também ao alinhamento da marca com seus próprios valores pessoais. Marcas que se posicionam com transparência, demonstram responsabilidade social e adotam práticas sustentáveis tendem a ganhar a preferência, especialmente em decisões de médio e longo prazo.
Nesse contexto, embalagens mais sustentáveis, cadeias produtivas mais limpas, respeito às leis trabalhistas e ações em prol da comunidade deixam de ser apenas elementos de reputação e passam a influenciar a decisão de compra de forma concreta. Para o comércio, isso significa repensar fornecedores, processos e comunicação. É preciso mostrar, com dados e exemplos, como o negócio contribui positivamente para a sociedade e o meio ambiente.
Dados, personalização e experiência do cliente
O avanço tecnológico também trouxe a possibilidade de uso intensivo de dados para compreender e antecipar o comportamento do consumidor. Registros de compras, preferências, histórico de atendimento, navegação em sites e interação em redes sociais geram informações valiosas para desenhar estratégias mais eficientes. Edinei Jara de Oliveira menciona que o desafio do comércio moderno é transformar dados em decisões concretas, que tornem a experiência do cliente mais relevante.
Uma das aplicações mais claras é a personalização, dado que, em vez de campanhas genéricas, empresas passam a oferecer recomendações de produtos alinhados às preferências individuais, condições especiais em datas estratégicas e comunicações segmentadas por perfil de consumo. Quando bem utilizada, essa abordagem transmite ao cliente a sensação de que ele é compreendido e valorizado, o que aumenta a fidelização.
A experiência do cliente, por sua vez, tornou-se um elemento central, pois não basta ter um bom produto, é necessário que toda a jornada, da pesquisa à pós-venda, seja fluida, clara e respeitosa. Atendimento ágil, transparência em prazos e políticas, canais de contato bem estruturados e resolução eficiente de problemas são fatores decisivos para que o consumidor volte a comprar. Como reforça Edinei Jara de Oliveira, empresas que não cuidam dessa experiência acabam perdendo espaço para concorrentes que fazem disso uma prioridade estratégica.
Como o comércio pode se adaptar a essas mudanças
Diante de tantas tendências globais atuando ao mesmo tempo, o comerciante precisa desenvolver capacidade de adaptação contínua. Isso começa com o acompanhamento sistemático de informações de mercado, comportamento de clientes e resultados internos. Entender quais canais trazem mais retorno, quais produtos se destacam, em que pontos há reclamações recorrentes e como o público se manifesta ajuda a direcionar investimentos e ajustes.
Uma adaptação importante é a integração entre o físico e o digital. Mesmo negócios de pequeno porte podem dar passos nesse sentido, criando presença em redes sociais, oferecendo atendimento por canais digitais e, quando possível, disponibilizando catálogos online e meios de pagamento mais flexíveis. A meta é tornar o processo de compra mais simples, acessível e alinhado às expectativas de conveniência do consumidor atual.
Ao mesmo tempo, é fundamental que o comércio incorpore práticas mais responsáveis e transparentes. Comunicar a origem dos produtos, destacar fornecedores locais, explicar iniciativas de economia de recursos ou ações sociais ajuda a gerar identificação, conforme considera Edinei Jara de Oliveira, essa combinação entre eficiência econômica, responsabilidade social e foco na experiência do cliente forma a base de competitividade no cenário contemporâneo.
Por fim, investir em equipe e processos também é decisivo. Equipes treinadas para entender o novo perfil de consumidor, acolher dúvidas, operar ferramentas digitais e manter uma postura consultiva agregam valor à compra e aumentam a percepção de qualidade. Processos bem estruturados garantem que o que foi prometido ao cliente será entregue com consistência.
Os passos depois das mudanças
Ao acompanhar de perto as tendências globais que estão mudando o comportamento do consumidor e traduzir essas mudanças em ações concretas, o comércio se coloca em uma posição mais sólida para enfrentar desafios, aproveitar oportunidades e construir relações de longo prazo com seu público.
Autor: Scarlet Petrovic

