A capital fluminense vivia um ‘verão fora de época’ com ondas de calor, mas também viu a qualidade piorar, segundo boletim da prefeitura.
Depois de 18 dias, o Rio voltou a ter chuvas na noite desta terça-feira (14). Entre 19h e 19h15, houve registro de chuva moderada em bairros como o Jardim Botânico (1,8mm) e chuva fraca no Alto da Boa Vista (0,8mm), Jacarepaguá/Cidade de Deus (0,4mm) e ️Barra/Riocentro (0,2mm).
Com a falta de chuva, a capital fluminense viveu um “verão fora de época”, mas também viu a qualidade piorar, segundo boletim da prefeitura.
O mais recente boletim mostra que, dos oito pontos monitorados, apenas Copacabana tem uma boa qualidade do ar. Em outros seis, a classificação é moderada.
Pedra de Guaratiba tem pior índice
Em Pedra de Guaratiba, a avaliação foi ruim. É o único ponto onde a concentração de ozônio é maior na atmosfera, prejudicando a qualidade do ar.
A radiação solar é um dos componentes que ajudam na formação de ozônio na camada mais baixa da atmosfera. Perto do solo, o ozônio se transforma em um gás poluente, responsável pelo aumento da temperatura da superfície.
O ozônio é detectado por caixas fixas de monitoramento de qualidade do ar, espalhadas por oito pontos da cidade. É com base nessa medição feita por indicadores específicos que a prefeitura distribui boletins sobre a qualidade do ar.
Segundo os especialistas, diferentemente de Copacabana, onde o movimento de carros e de pessoas é muito grande, o isolamento de Pedra de Guaratiba, com pouca circulação de pessoas e carros, é uma das causas da concentração de ozônio.
“Você acaba não tendo essas outras substâncias que ajudariam a diminuir a concentração de ozônio. E aí isso difere a estação de Guaratiba de outras regiões do Rio. É sempre um ponto mais sensível pra gente com concentrações de ozônio”, explica Vinícius de Oliveira, gerente de monitoramento ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
O ozônio também pode irritar o sistema respiratório – e é fácil perceber.
“As ondas de calor elas trazem muito prejuízo à nossa saúde. Elas agravam doenças, elas provocam mal-estar por si, elas são especialmente nocivas para idosos e para crianças pequenas e elas precisam ser observadas com cuidado”, explica o pediatra Daniel Becker.